quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Bloco cultural 08

  O que é ser eclético? É escutar da novinha ao MPB? Na verdade ser eclético não é escutar de tal música à tal música, é simplesmente ter aberto os ouvidos a todas elas. Dos maiores compositores ecléticos nasceram as melhores canções, as melhores batidas, as melhores misturas. E é nesse clima de sentar numa roda com os amigos e fazer um bom samba, que surgiu a ideia de misturar músicas incríveis. O bloco cultural de hoje abordará você com um samba-rock fenomenal.


  O grupo já está na estrada há algum tempo, ganhando o público após aparecer no programa Esquenta, da rede globo. Os caras tocaram sucessos como Sunday bloody sunday, de U2; Misery, de Marron 5; I feel good, de James Brown; e o detalhe é que todos adaptados ao samba. Encantaram a todos com sua etiqueta renovada, deixando claro que as músicas ficam bem melhores juntas do que separadas. Não estou escrevendo que U2 só, é ruim, nem nenhuma outra banda. Mas saquem a jogada de misturar as mais variadas letras com um dos rótulos da cultura brasileira. E não é qualquer letra de qualquer banda que é cantada, são de cara grandes sucessos.
  A receita do grupo Sambô funciona assim: pegue uma música de sua preferência, jogue na batedeira junto com um pandeiro, cuíca, tambor, um cavaquinho e reco-reco. Depois misture bem e o que você vai ter é algo mais ou menos assim: 

                                     

    Um dos ingredientes que completam a banda é a voz de Daniel San (voz e pandeiro). O seu vocal característico do rock, mas no meio do samba, se adapta a qualquer música, sendo o diferencial de outras bandas que possuem o mesmo estilo. Sem contar com um outro talento malabares que encanta o público durante os shows:

                                  

  A verdade é que quando você está numa roda de amigos, o som deles é ótimo para acompanhar, mesmo assim é um som bom para qualquer tempo, qualquer lugar. Quem sabe eles não embalam nos carnavais multi culturais do Recife, seria mais uma opção de estilo para mais um pólo, e quem sabe talvez adaptarem a letra de um frevo ou maracatu? Será que exagerei demais na mistura desse parágrafo? 
  O certo é que os caras têm talento de sobra, e acima de tudo a criatividade de modificar o que ninguém tocou ou modificou, causando críticas e elogios. E para o bem da banda, espero que recebam altos elogios. Os amantes do samba que os aguarde, estarão por aqui no próximo Samba Recife para deixar seu tempero.

Acompanhe a banda pelo site, e aproveite para pedir mais shows em Recife!



Júlia Luna

De morena tropicana à estudante de letras. Torcedora rubro negra e leitora do mundo. Faço da vida um carnaval, e da minha cultura a minha fé. " A palavra é meu domínio sobre o mundo".

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