domingo, 1 de setembro de 2013

Meu pé de coelho

Uma crença que se baseia na ideia de ação e reação; determinadas atitudes, números ou palavras, que irão trazer sorte ou azar. É comum acreditar em sexta-feira 13, no azar do gato preto e de passar por de baixo de uma escada, acreditar na sorte trazida pela ferradura, pelo pé de coelho e trevo de quatro folhas. É comum ser uma crença pessoal, religiosa e cultural, e principalmente futebolística! Sendo uma crença futebolística será comum (de certo ponto de vista) sentir um odor vindo da camisa do seu amigo em dia de jogos, provavelmente porque ele não lava aquela camisa desde que o time ganhou uma libertadores há muitos e muitos anos. Comum é usar a mesma cueca de bolinhas todos os jogos, sentar na mesma cadeira, estar acompanhado sempre das mesmas pessoas, nunca olhar cobranças de pênaltis ou sempre dar um beijo na namorada antes do juiz apitar a partida. Sem contar que está extremamente proibida a ida aos jogos daquele seu amigo pé frio. EXTREMAMENTE PROIBIDA!



Vida de torcedor é coisa extremamente paranormal, pois num é que dá certo essas manias?  Há os que não acreditam em superstição, e para esses afirmo com todas as certezas desse mundo incerto: vocês não sabem o que é torcer espirituosamente! Sim, pois torcer mexe com nosso espírito, mexe com nosso coração e nossa lucidez, afinal, quem em sã consciência acha que uma cueca mal lavada trará sorte ao timão?

Para você que não acredita, e principalmente os que acreditam nessas manias todas, recolhemos depoimentos nada normais de torcedores fanáticos pelos seus times. Divirtam-se e identifiquem-se!


Rivardo Lima, torcedor do Fortaleza:




"Tomo banho no mesmo horário, ando do lado direito em direção ao estádio, entro com o pé direito e sento sempre no mesmo lugar."





Eleale Roberto Oliveira da Silva, torcedor do Sport:


"Vou com a mesma cueca em qualquer jogo desde os 15 anos. Tenho 19 agora."



Pedro Falcão, torcedor do Santa Cruz:

"Tem uma camisa velha do meu pai, que em toda decisão eu vou com ela. Essa camisa tem uns 13 anos, aí no dia da final do PE eu não pude ir por que tinha uma prova para fazer, fui para prova com a camisa e deu sorte, Santa campeão em cima do Sport.”  




Mike Torres, torcedor do Sport:

“Tinha mania de criar condicionais achando que tudo aquilo poderia influenciar no resultado dos jogos. Lembro que nunca fazia a barba no dia da partida, tinha que ser sempre até um dia antes, senão achava que não daria certo. Também utilizava de tradicionais e conhecidas manias, como usar a uma cueca/camisa específica para dias de jogo, considerando-as vestimentas da sorte. Lembro que fui a diversas festas de família em fins-de-semana com aquela roupa, sempre recriminado por isso.”


Nayara Amoêdo, torcedora do Sport:

"Costumava muito ir aos jogos com meu pai, quando era criança. Depois que eu voltei a ir assistir aos jogos no estádio, o primeiro jogo que eu fui, estava usando uma camisa do time, mas não percebi que estava com um furo embaixo das axilas, mais conhecidas como sovaco. E o Sport ganhou! Nunca costurei essa parte rasgada da camisa. E o engraçado é que quando eu fui com outras camisas, ou mesmo assisti em casa com outras camisas, o time perdia ou empatava, mas com a camisa do sovaco ventilado, era vitória certa. E tem o detalhe de que eu tenho uns 10 kg a mais e a camisa fica estourando em mim e hoje eu uso ela, suando, morrendo, com um top por baixo, ou então fico segurando a camisa."




Bruno Prestrelo, torcedor do Corinthians:

“Nunca fui de ter manias, mas como todo corinthiano, eu era amargurado por não ter ganhado uma libertadores. Ano passado quando o corinthians começou aos poucos a ir passando de fase, eu comecei a acreditar que dessa vez iria dar certo e que iríamos finalmente vencer a libertadores. Então, como sou fanático por Ayrton Senna (e ele era corinthiano também) e no meu quarto tem um quadro dele, eu comecei a levar o quadro para onde eu ia assistir aos jogos com meus amigos e colocava o quadro em pé numa cadeira de frente pra TV, como se estivesse assistindo conosco e fosse um amigo também. Funcionou na classificação das quartas de finais e levei isso até a final, para onde ia ver o jogo levava o quadro e colocava em pé na cadeira de frente para TV. E assim ganhamos a libertadores e o mundial.” 


                                     


Glenda Batista Brau, torcedora do Botafogo: 

"Não urino enquanto assisto ao jogo e sempre que compro uma camisa do clube, na primeira vez que uso, vejo derrota. Com isso, nunca mais uso."



 Se o fanatismo está ligado à loucura, que seja, e continue a nos divertir assim mesmo! O importante é ter o gostinho de que você contribuiu de certa forma para a vitória do seu time. E tome superstição!




Júlia Luna

De morena tropicana à estudante de letras. Torcedora rubro negra e leitora do mundo. Faço da vida um carnaval, e da minha cultura a minha fé. " A palavra é meu domínio sobre o mundo".

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