quarta-feira, 31 de julho de 2013

Drible da Maria Bonita #02: Um faz de conta que não acontece

Foto: i.imgur.com
Westfalenstadion, um dos  estádios da Europa que abriga uma das maiores torcidas do mundo, Borussia Dortmund. Maior, mais gente, uma multidão, mais confusão? Alguém ouve ou lê sobre brigas entre torcidas, constantemente, nos estádios da Europa? Dos Estados Unidos? Do continente asiático? Por mais que não seja constante, claro que existem confusões! Como em 2012, quando PAOK e Rapid Viena, se enfrentaram pelos playoffs da Liga Europa; os torcedores do Viena atearam fogo na arquibancada, arremessaram objetos e apontaram os sinalizadores para torcedores do próprio time e do adversário. Ou ainda esse ano  no estádio do Wembley, pela Copa Inglaterra, torcedores do Millwall se revoltaram pelo resultado de 2x0 contra o Wingan, entrando em briga com os torcedores da própria torcida e com os funcionários do estádio. E se houver pessoas lendo esse post que ainda acham que essas brigas não se comparam com as dos clássicos paulistas ou as brigas entre River plate x Boca Juniors, vejam a ação dos famosos Hooligans Russos: 




América do Sul, palco das grandes brigas em estádios, do grande desrespeito entre torcidas. O que tem de muito diferente da Europa? Primeiramente as regras: torcedor que invade campo lá, pode ser suspenso muito tempo de estádios; já aqui no Brasil, por exemplo, o indivíduo é "convidado" a se retirar do estádio. Brigas entre torcidas dentro do estádio: na Europa eles identificam os envolvidos e os punem,  aqui  eles generalizam e a torcida que começou a confusão é punida e pode perder mando de campo. Pergunta: como o sistema de identificação dos torcedores é tão eficiente? No Brasil, claro, generalizar é mais fácil, mesmo prejudicando as torcidas organizadas, que algumas vezes não tem nada a ver com marginais vestindo suas camisas.

Então, qual a solução? Nenhuma? Na verdade a CBF "acha" que achou uma solução, que está para ser testada futuramente em jogos realizados nas arenas do país: a entrada e saída das torcidas será feita pelo mesmo percurso, não terá mais aquela história de escoltar torcidas e torcida perdedora sairá primeiro. Bem, é um método aplicado em muitos países, países que estão preparados e educados à isso. O que será que aconteceria se a inferno, a jovem e a fã náutico se cruzassem desse modo? 

Não tem nada a ver com o desenvolvimento de um país, ou o quanto seus estádios são super equipados e preparados e sim com a educação dos seus frequentadores. Não, não vou apelar para Dilma ampliar nossas escolas mais uma vez, vou pedir para sermos mais rigorosos. "Estádios da Europa não tem alambrados","torcedores da Europa não invadem o campo". Retomando aos exemplos do início do texto, dá para perceber que na Europa acontece ainda pior do que aqui. Acontece que os países (maioria) que tem esse esquemas de torcidas, já foram educados a seguir as regras, afinal, quem quer ser punido à deixar de frequentar jogos de seus times? Aí está a grande diferença entre os dois continentes (Europa e América do Sul): lá os torcedores querem ver seus times jogar, querem torcer; aqui, muitos querem torcer, muitos torcem, mas poucos se usam dessas torcidas para baderna, vandalismo e demonstram não querer ver seu time jogar.

Dizem que o Brasil não está preparado para liberação da maconha, então devemos concordar que também não está preparado para abaixar a segurança com as torcidas aqui existentes. Tudo depende se NÓS queremos e estamos partidários a colaborar, como assim? Em outros países, os próprios torcedores ajudam a identificar e entregar as "peças" que provocaram arruaça. Será que é isso que falta aqui? Certamente não devemos esperar testar esse novo sistema de entradas para confirmar. Porquê não colaborar no próximo jogo do seu time? Denuncie aquele torcedor que está causando baderna na bilheteria, ou aquele que está armado ou provocando os adversários. Não podemos ficar em um faz de conta na próxima Copa, e mostrar que somos instruídos, pois não somos. Se for para fazer dar certo, tem que acontecer de verdade, faça parte de uma evolução para um futebol mais tranquilo dentro dos estádios!






O que são Hooligans? HooliGanismo


Júlia Luna

De morena tropicana à estudante de letras. Torcedora rubro negra e leitora do mundo. Faço da vida um carnaval, e da minha cultura a minha fé. " A palavra é meu domínio sobre o mundo".

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