sábado, 31 de março de 2012

Há uma década atrás...

                Após uma semana (foi uma semana mesmo? que preguiça de conferir), voltei a postar. Desculpem pela demora, foram dias conturbados não só para mim como para Júlia, fazer quatro provas de exatas ao mesmo tempo é uma daquelas coisas não muito agradáveis para nós, hahaha.
                Bem, além de estudar para provas, essa semana eu tive uma experiência muito interessante: por conta de uma atividade escolar selecionei músicas que marcaram fases da minha vida. Eu nunca pensei que algumas músicas pudessem me remeter a lembranças tão palpáveis. Não morri de saudades, ou fiquei triste por alguns anos terem se passado, eu só me encontrei tão... sem palavras. Foi um sentimento interessante, porque sempre que recordamos uma época mais antiga das nossas vidas nos lembramos de amizades que já não são mais fortes, pessoas que não falam mais conosco, e ao mesmo tempo lembramos de momentos hilários (eu dançando Mulekada com meus vizinhos, por exemplo) e de pessoas que até hoje fazem parte das nossas vidas.
Pulando a parte chata do negócio, não vou estender muito nessa introdução melancólica não muito legal de se ler (para não ver ninguém chorar), e farei um clichê que 90% dos blogs fazem: LISTAR COISAS!!
Mais precisamente, listarei musicas que marcaram a vida de todos nós que temos entre 15 e 18 anos e pegamos o fim da década de 90 e os gloriosos (pessoas com menos de 30 anos podem usar o termo “glorioso”?) anos 2000. Não listarei muitas coisas, na verdade, falarei um pouco aprofundadamente sobre três hits que embalaram nossas aulas vespertinas aonde aprendíamos a somar sem letras e ler apenas as linhas.
                Em primeiro lugar colocarei uma banda já citada nesse post: Mulekada. Quem nunca dançou freneticamente as músicas com sentidos variados desse trio tão maravilhoso formado por Julyana, Tati e Jacarezinho no final dos anos 90 NÃO SABE o que é ser um popstar não reconhecido pela mídia nacional. A lembrança mais nítida que eu tenho é de dançar “Foi de Brincadeira” com meus vizinhos, essa música era para festinhas infantis o que Hey Jude é para o show de Paul McCartney hoje em dia, só podia ser comparada com o incrível, maravilhoso, esplêndido marco da música infantil, que era “Vamo Pulá!” de Sandy & Jr (quando essa tocava, meu amigo, aquele amiguinho mais escroto da turma sempre pulava se esbarrando em alguém e criando o equivalente à uma rodinha punk de crianças de 5 anos de idade).

tão engraçadinha menina, tão engraçadinha menina...

                Em segundo lugar vou colocar uma música um pouco mais atual que mulekada e menos atual que nossa terceira posição (inverti a ordem por conta do impacto causado pela ultima), essa daí não há um ser vivo com mais de 12 anos que não saiba cantar nem que seja um trechinho. Não me lembro bem, mas acredito que Felipe Dylon era tão odiado nos anos 2000 quanto Michel Teló é nos dias de hoje. Com seus cabelos dourados, olhos da cor do mar e todo o seu sotaque carioca ele juntava todas as menininhas para entoar o mesmo refrão, isso, aquele mesmo, que rima ‘verão’ com ‘tentação’ e ‘paixão’ repetidas vezes, para grudar bem fundo na sua alma. Ah, você não lembra? Então eu te mostro. Vê só:

                                           Vestida de areia e sal? Sério, Felipe?

                E para finalizar: Acererrê-Rá-Berrê (sei que ta errado e assim cantarei e escreverei para o resto da minha vida). Ragatanga, de Rouge. Vou confessar que não me lembro nitidamente da banda, toda vez que canto essa música todas as meninas comentam “nossa, mas eu gostava mais de fulaninha do que de cicraninha”, só me lembro de Patricia, que era a mais linda e maravilhosa, e por tabela, era a minha representante no quarteto (era um quarteto ou um quinteto? Não sei mesmo... haha). Bem, não lembro do nome das meninas, nem quantas pessoas tinham na banda, mas eu lembro de uma coisa: OLHA LÁ QUEM VEM VIRANDO A ESQUINA... 


                                           acererrê-rá-berrê-berrebetuberrebê...

                Quando escuto essa música especificamente me lembro de COMO A INVEJA É UMA COISA FEIA. Quantos boatos sobre a letra dessa música correram desenfreadamente de boquinha em boquinha em pátios na hora do recreio, hein? Quem nunca se sentiu desafiando o pessoal lá de cima cantando essa letra que ninguém entendia na maior marginalidade do mundo?
                Só sei de uma coisa: O tempo passou, e sabe o que essas três músicas têm em comum nos dias de hoje? Seus cantores já não fazem tanto sucesso... É assim que as coisas vão caminhando, não é mesmo? Desculpem pelo post gigante, mas espero que tenham gostado.

Júlia Luna

De morena tropicana à estudante de letras. Torcedora rubro negra e leitora do mundo. Faço da vida um carnaval, e da minha cultura a minha fé. " A palavra é meu domínio sobre o mundo".

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