“RECIFEANOS” ARRETADOS ON THE RUN: Parte 2
Cliquem aqui para ler a primeira parte da série.
Primeiramente,
esse post era para sair ontem, mas não tive tempo de escrever (vulgo estive
fora até tarde e cheguei morta, só deu tempo de fazer o da seca, que era
urgente e etc), logo, finjam que é dia 21.
Há
exatamente um mês atrás estávamos vivendo um dos melhores dias da nossa vida. Vamos
fingir que a demora na segunda postagem foi proposital para que coincidisse com
seu aniversário. Terminei o ultimo post falando da alegria de finalmente ter os
ingressos em mãos, vamos pular alguns dias até o “grande dia”.
SÁBADO, 21 DE ABRIL DE 2012
Dormimos mal, muito mal. Antes
das oito da manhã já estávamos de pé após uma noite cheia de “Lives”, US, NYC,
Canadá, Rio... Rapidamente ficamos prontas e fomos ao hotel. Gente, a cidade
tinha um ar tão diferente. Depois de descer na parada errada (ok, moro em Boa
Viagem, mas não sei andar pelo bairro, nem ligo pro que você pensa) e andar pra
baralho pela beira mar chegamos ao hotel.
Além de
ver Paul pertinho da gente há outras vantagens em abrigar um show desse tamanho
na nossa cidade, por exemplo, tivemos a oportunidade de conhecer fãs, não só de
Pernambuco, mas de outros estados. Depois de um bom tempo observando a
movimentação fomos para o alambrado na frente do hotel. Usando toda nossa
simpatia (Júlia me proibiu de usar a palavra kessi nesse post) começamos a
fazer contato com muita gente legal daqui de Recife, Aracajú, Belo Horizonte,
Manaus, Belém... Tanta gente, gente! Foi uma experiência incrível apesar termos
perdido a oportunidade de ver Paul por lá no primeiro dia.
Ok, o
post vai ficar enorme se eu contar com detalhes todo o dia do show, então vamos
fazer um resumão com coisas importantes e pular para a hora em que chegamos ao
arruda. Let me see... Fomos de Expresso Paul, chegamos no Tacaruna lá pelas
quatro (se houvesse velocidade negativa para frente –oi?- essa seria a do
motorista) e estávamos com um pensamento de “nos lascamos e não conseguiremos
um lugar legal”. Descobri que tinha esquecido o cartão de memória da máquina,
mainha ficou arretada. Encontramos conhecidos na frente da fila e fomos um dos
primeiros na fila da revista, ultimo obstáculo antes de entrar no estádio.
Passamos um tempão esperando os portões abrirem e escutando Paul passar o som (ele
cantou C’moon na passagem de som, eu posso dizer que escutei C’Moon QUASE ao
vivo! Hahaha).
Debaixo de sol na fila da revista. Foto de celular porque esqueci o cartão da câmera e etc. (essa da ponta é Dani, que provavelmente irá me matar por ter colocado essa foto, nem ligo). |
Então,
depois de alguns minutos de atraso na abertura dos portões chegou a hora de
entrar. Preciso agradecer pela simpatia e hospitalidade dos responsáveis pela
nossa entrada. Os policiais o tempo todo conversaram com a gente falando o que
ia ser necessário pra a gente entrar, o pessoal da produção ficava entrando e
tirando fotos da passagem de som pra a gente ver, na hora de passar pela
catraca as meninas que ajudaram a gente com o ingresso pediam calma, falavam
que não tinha necessidade de correr... Só fiquei impressionada com uma coisa
antes de entrar no show: a quantidade de escadas para chegar à arquibancada.
QUANTAS. ESCADAS.
Então,
chegamos às arquibancadas. Ainda faltavam mais de três horas e o tempo parecia
não passar. Enquanto aguardávamos víamos mais pessoas de mais estados
diferentes chegando. Cearenses, cariocas, mineiros... E todos os que já tinham
presenciado Paul no palco nos diziam: daqui a pouco vocês verão o melhor show
de suas vidas. Eles estavam certos.
Pontualmente
Sir. Paul McCartney apareceu no palco –gostaria de avisar que o resto desse
post será aberto para dramaticidade da pessoa que vos escreve- eu chorei muito.
Honestamente, até hoje me recordo como se outra pessoa tivesse vivido esse
momento. O chão estava tremendo com o pessoal pulando e a voz do pessoal
ecoando pelo estádio (isso porque somos apáticos). Se eu já chorava no começo
imagina na hora que Paul foi pro piano? Desde o começo do mês eu não conseguia
ouvir The Long and Winding Road sem chorar, quando me perguntavam eu dizia: não
vai ter quem segure minhas lágrimas na hora dessa música. Dito e feito, fiquei
tão desolada que Sérgio (sergipano que estava no hotel pela manhã e segue Paul
pelo mundo todo) foi me consolar, assim como Daniel, de Minas, fez na hora de
Hey Jude. Lembro que ele ficava falando “eu já sabia!”, pois é, todos nós já
sabíamos que iríamos presenciar um dos melhores espetáculos de nossa vida. Sir
Paul foi arretado durante toda as três horas em que esteve em cima do palco.
Tão arretado quanto nós, “recifeanos”.
Fiquem aí com Helter Skelter e sintam como foi o primeiro dia de show. Assim que possível farei o ultimo post sobre o segundo dia no hotel, os que nos conhecem já tem noção do que aconteceu, hahaha.
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