terça-feira, 22 de maio de 2012

“RECIFEANOS” ARRETADOS ON THE RUN: Parte 2

 Cliquem aqui para ler a primeira parte da série.

                Primeiramente, esse post era para sair ontem, mas não tive tempo de escrever (vulgo estive fora até tarde e cheguei morta, só deu tempo de fazer o da seca, que era urgente e etc), logo, finjam que é dia 21.
                Há exatamente um mês atrás estávamos vivendo um dos melhores dias da nossa vida. Vamos fingir que a demora na segunda postagem foi proposital para que coincidisse com seu aniversário. Terminei o ultimo post falando da alegria de finalmente ter os ingressos em mãos, vamos pular alguns dias até o “grande dia”.
                SÁBADO, 21 DE ABRIL DE 2012
Dormimos mal, muito mal. Antes das oito da manhã já estávamos de pé após uma noite cheia de “Lives”, US, NYC, Canadá, Rio... Rapidamente ficamos prontas e fomos ao hotel. Gente, a cidade tinha um ar tão diferente. Depois de descer na parada errada (ok, moro em Boa Viagem, mas não sei andar pelo bairro, nem ligo pro que você pensa) e andar pra baralho pela beira mar chegamos ao hotel.
                Além de ver Paul pertinho da gente há outras vantagens em abrigar um show desse tamanho na nossa cidade, por exemplo, tivemos a oportunidade de conhecer fãs, não só de Pernambuco, mas de outros estados. Depois de um bom tempo observando a movimentação fomos para o alambrado na frente do hotel. Usando toda nossa simpatia (Júlia me proibiu de usar a palavra kessi nesse post) começamos a fazer contato com muita gente legal daqui de Recife, Aracajú, Belo Horizonte, Manaus, Belém... Tanta gente, gente! Foi uma experiência incrível apesar termos perdido a oportunidade de ver Paul por lá no primeiro dia.
Esse pessoal estava reproduzindo a capa do Abbey Road na faixa de pedestres da beira-mar.  Sim, falta um integrante da banda. Não sabemos do paradeiro dele. Sim, se Júlia tivesse o olho mais puxadinho nós a chamaríamos de Yoko. 


              Ok, o post vai ficar enorme se eu contar com detalhes todo o dia do show, então vamos fazer um resumão com coisas importantes e pular para a hora em que chegamos ao arruda. Let me see... Fomos de Expresso Paul, chegamos no Tacaruna lá pelas quatro (se houvesse velocidade negativa para frente –oi?- essa seria a do motorista) e estávamos com um pensamento de “nos lascamos e não conseguiremos um lugar legal”. Descobri que tinha esquecido o cartão de memória da máquina, mainha ficou arretada. Encontramos conhecidos na frente da fila e fomos um dos primeiros na fila da revista, ultimo obstáculo antes de entrar no estádio. Passamos um tempão esperando os portões abrirem e escutando Paul passar o som (ele cantou C’moon na passagem de som, eu posso dizer que escutei C’Moon QUASE ao vivo! Hahaha).

Debaixo de sol na fila da revista. Foto de celular porque esqueci o cartão da câmera e etc. (essa da ponta é Dani, que provavelmente irá me matar por ter colocado essa foto, nem ligo).


                Então, depois de alguns minutos de atraso na abertura dos portões chegou a hora de entrar. Preciso agradecer pela simpatia e hospitalidade dos responsáveis pela nossa entrada. Os policiais o tempo todo conversaram com a gente falando o que ia ser necessário pra a gente entrar, o pessoal da produção ficava entrando e tirando fotos da passagem de som pra a gente ver, na hora de passar pela catraca as meninas que ajudaram a gente com o ingresso pediam calma, falavam que não tinha necessidade de correr... Só fiquei impressionada com uma coisa antes de entrar no show: a quantidade de escadas para chegar à arquibancada. QUANTAS. ESCADAS.
                Então, chegamos às arquibancadas. Ainda faltavam mais de três horas e o tempo parecia não passar. Enquanto aguardávamos víamos mais pessoas de mais estados diferentes chegando. Cearenses, cariocas, mineiros... E todos os que já tinham presenciado Paul no palco nos diziam: daqui a pouco vocês verão o melhor show de suas vidas. Eles estavam certos.
                Pontualmente Sir. Paul McCartney apareceu no palco –gostaria de avisar que o resto desse post será aberto para dramaticidade da pessoa que vos escreve- eu chorei muito. Honestamente, até hoje me recordo como se outra pessoa tivesse vivido esse momento. O chão estava tremendo com o pessoal pulando e a voz do pessoal ecoando pelo estádio (isso porque somos apáticos). Se eu já chorava no começo imagina na hora que Paul foi pro piano? Desde o começo do mês eu não conseguia ouvir The Long and Winding Road sem chorar, quando me perguntavam eu dizia: não vai ter quem segure minhas lágrimas na hora dessa música. Dito e feito, fiquei tão desolada que Sérgio (sergipano que estava no hotel pela manhã e segue Paul pelo mundo todo) foi me consolar, assim como Daniel, de Minas, fez na hora de Hey Jude. Lembro que ele ficava falando “eu já sabia!”, pois é, todos nós já sabíamos que iríamos presenciar um dos melhores espetáculos de nossa vida. Sir Paul foi arretado durante toda as três horas em que esteve em cima do palco. Tão arretado quanto nós, “recifeanos”. 

Fiquem aí com Helter Skelter e sintam como foi o primeiro dia de show. Assim que possível farei o ultimo post sobre o segundo dia no hotel, os que nos conhecem já tem noção do que aconteceu, hahaha. 

Júlia Luna

De morena tropicana à estudante de letras. Torcedora rubro negra e leitora do mundo. Faço da vida um carnaval, e da minha cultura a minha fé. " A palavra é meu domínio sobre o mundo".

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