terça-feira, 23 de julho de 2013

Drible da Maria Bonita #01: As novas bolas da vez

Quem um dia irá de dizer que jogo de futebol feminino já foi exibido em circos como atração de curiosidades? Antes disso, eram proibidas suas participações nesse esporte por correr o risco de levar uma bolada na região abdominal, o que geraria a possibilidade de não engravidar (oi?). Assim como o homem negro não tinha alma, por ser negro. Ou porque homossexualismo é uma doença. Puro preconceito. Quem disse que negro não tinha alma, que havia cura gay (foi o Feliciano) e que mulher não poderia bater uma pelada? Quem disse que mulher não entende de futebol? A bola da vez é o salto alto dominando dentro dos gramados. Tudo bem, os estádios. 

Mulher é frágil, é fresca, tem nojo dos assentos, mal sabe diferenciar os jogadores no campo e sofre alguns desvios de atenção na hora que o jogador bonito pega na bola. Mulher é mulher, além de arrumar um look legal para ir aos estádios, ainda tem que prestar atenção no jogo e reparar no camisa 10 do seu time (e no do adversário também). 

Sofremos com os banheiros dos estádios, das áreas que não são cobertas e da falta de ingressos mais baratos para nós (cadê o "mulher até as 22:00 horas é free"?). Temos o grande talento de perder gols por estar olhando para outras coisas, ou porque estávamos postando no facebook que “hoje meu timão vai dar uma surra” e no fim não entramos no facebook para responder as provocações quando o time perde. Ainda sofremos com o conceito de impedimento. O que é um impedimento?


Agora, quero ver o homem que não sente falta de mulheres nos estádios. Vamos deixar o preconceito de lado macharada, mulher entende de futebol sim! E é por isso que o bloco Drible da Maria Bonita veio ao ar. Estamos cansadas de ler notícias sobre o futebol de um modo sem graça, porque afinal, futebol é uma comédia grega a ser admirada! E não vim para falar de Marta ou Birgit Prinz, nem de Cristiano Ronaldo ou Caça Rato, afinal futebol não é falar sobre vida de jogador (mesmo que ele seja muito gato). 

Mulher não tem testosterona só porque curte futebol, nem muda de opção sexual por jogar, um exemplo? Eu! Vocês vão ter uma redatora que fala sobre futebol e ainda joga (muito mal, mas e daí?). Então nada de preconceito comigo, certo?

 E nada de perder o bom humor, afinal, quem já viu o Surra não tirar um pequeno sarro? Espero que se divirtam, se não acharem graça nas piadinhas, avisem, ficarei grata!

Foto: Time Sport Fino
Por: Júlia Luna.

Júlia Luna

De morena tropicana à estudante de letras. Torcedora rubro negra e leitora do mundo. Faço da vida um carnaval, e da minha cultura a minha fé. " A palavra é meu domínio sobre o mundo".

Um comentário :

  1. Ótimo post...
    Acho que preconceito nesse século é uma coisa muito batida, qualquer pessoa pode atuar onde bem entender. E mais, a autora desse post tem porte de ser jogadora porreta! uhauhaua
    Parabéns!
    (Não foi o João Campos o cara da cura gay?)

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